quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Quando o vento nos faz ver.

O sono faz parte do ser; a falta dele, parte da inquietação do pensamento. Não sei o motivo, na verdade, de não dormir. Sei que é um conjunto de motivações, um mix de fatores que me fazem pensar e pensar... sem agir. Nada posso fazer aqui deitado, esperando o sono chegar. Mas posso pensar, e por isso não durmo.

Tive momentos oportunos à reflexão por esses dias, momentos daqueles que desprezamos por concluirmos que nada parece certo. De tão erradas as coisas acabam por, harmoniosamente, passear pelo tempo de maneira esplêndida, nos deixando atados aos nós do destino. Somos sementes de um chão incerto, coberto por grandes matas já plantadas pelo Tempo. Fomos plantados por algum tipo de pássaro, daqueles que acalentam os olhos com sua viva cor, e pelo seu bico desprendemo-nos da Grande mãe, pronta a ceder seus filhos a um mundo cheio de erros. No caos vivemos a harmonia da incerteza, certa de que somos capazes de trazer a paz a um pensamento são.
Ao olhar o infinito desse mundo, perto do céu e perto da terra, vi meus erros conquistarem o vento, mas também nele eu senti que haveria sempre alguém capaz de direcioná-los para que eles não fossem simplesmente carregados sem direção... Sempre que com meus erros o vento soprar a vida fará que um ser esteja presente para os sentir, compreender e compartilhar comigo, de forma que nunca deixarei que somente de erros eu viva. Somos seres imperfeitos, mas nascemos com a perfeição harmônica do caos. É nela que crescemos, com ela é que criamos e, sem saber, ela é o que chamamos de destino.

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