sexta-feira, 17 de julho de 2009

A Hora da Sra. Boa Fé

É suíno. Tudo é a causa dele. Por que deixei de dizer o certo? Não quero nem saber. Ontem falei com Nostradamus, ele me contou que novamente o Mundo acabar-se-á. Aqui no Brasil, dessa vez. O Porco vai assolar as massas, invadir as casas e nos inspirar. Teremos de vestir as máscaras a fio, pra festejar o carnaval que em Dezembro já vai estar de matar. Festa que todo brasileiro gosta... Somos seletivos, e a Seleção é que não vai faltar. Darwin? Que nada, foi o Wallace lá da favela de Noronha que descobriu essa evolução da Bateria da Porteira. Sem ela, nenhum outro animal sairia vivo senão o próprio. O Porco. É ele o vilão das trevas que nos vem assombrar. É dele que eu corro agora pra não poder pegar. Sem rima a suinada grita, se estremesse e vibra na fúria de matar. Ou morrer. Não sei, nem quero que saibam que eu soube.

Só sei que é inevitável, é a Hora da vez. Bem que eu sabia que Nostradamus tinha um fundinho de verdade. Mas coitados daqueles que se mataram antes de virar o milênio, morreram sem apreciar o delicioso sabor do divino toicinho que amanhã hei de preparar.

Ainda lembro do barulho do Baby antes de morrer. Grunhia de dor, o pobrezinho. Mas sorte foi a dele, morrer a morte santa, a alimentar uma boca faminta. Eu me lembro de Nostradamus ter mesmo uma insônia por causa desse maldito porco. Nunca lhe fez bem a carne suína. Nunca.