sábado, 24 de outubro de 2009

Relaciosocional minguante.

O Michael morre>

O mundo é pop>

O CD vaza>

Eu compro.


Lady Dai chega>

O Paparazzi come>

A multidão comove>

Eu choro.


O Big Brother escolhe>

Show da vida move>

Meu dia-a-dia é duro>

Eu juro.



Juro que compro>

Opino ao telefone>

Reclamo ao trombone>

Dessa vida infame.


Pra que política>

Se eu tenho o SAC?>

Ninguém destrói aquilo>

Que Eu comprei!


De tudo, só sei

De nada.

Eu sei.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Insomnia nº ¿

Não acabei. No sono eu vejo o que a vida deixou passar, na insônia eu vivo o que sem luz posso ver. Acho que por essa razão agora eu encontro o sono, vindo de vagar, já que a luz me tapa a insônia constantemente, me traz à luz do mundo visual. Fujo do assunto, pretendo não ver. Vejo o assunto fugir, acho que agora é hora de dormir.
Boa noite.

Insomnia nº ?

Não sei o que é, mas me tira o sono, me fisga o estômago e me aflige a alma. Passei horas a pensar numa solução para um enigma meu, que eu mesmo fiz e a mim me devorei ao repetir as respostas erradas: não há solução alguma. Morri e morro ao pensar no que não existe. É quase um ciclo que se fecha no escuro, e gira e roda e expira. Expira o nada. Ao entender que nada existe, que nada é claro nessa impertinente escuridão, dei por terminada a Guerra insana a vitória do São. Sim, o São que nada fez para ganhar o cargo. Apenas pensa, pensa, pensa e morre, morre e encontra a solução já morto, encaixotado e feliz por acreditar que o insano é são.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Quando o vento nos faz ver.

O sono faz parte do ser; a falta dele, parte da inquietação do pensamento. Não sei o motivo, na verdade, de não dormir. Sei que é um conjunto de motivações, um mix de fatores que me fazem pensar e pensar... sem agir. Nada posso fazer aqui deitado, esperando o sono chegar. Mas posso pensar, e por isso não durmo.

Tive momentos oportunos à reflexão por esses dias, momentos daqueles que desprezamos por concluirmos que nada parece certo. De tão erradas as coisas acabam por, harmoniosamente, passear pelo tempo de maneira esplêndida, nos deixando atados aos nós do destino. Somos sementes de um chão incerto, coberto por grandes matas já plantadas pelo Tempo. Fomos plantados por algum tipo de pássaro, daqueles que acalentam os olhos com sua viva cor, e pelo seu bico desprendemo-nos da Grande mãe, pronta a ceder seus filhos a um mundo cheio de erros. No caos vivemos a harmonia da incerteza, certa de que somos capazes de trazer a paz a um pensamento são.
Ao olhar o infinito desse mundo, perto do céu e perto da terra, vi meus erros conquistarem o vento, mas também nele eu senti que haveria sempre alguém capaz de direcioná-los para que eles não fossem simplesmente carregados sem direção... Sempre que com meus erros o vento soprar a vida fará que um ser esteja presente para os sentir, compreender e compartilhar comigo, de forma que nunca deixarei que somente de erros eu viva. Somos seres imperfeitos, mas nascemos com a perfeição harmônica do caos. É nela que crescemos, com ela é que criamos e, sem saber, ela é o que chamamos de destino.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Paixão clandestina: a verdade.

O amor não penso, sinto
Por entre as veias de meu coração sedento.
Toco a canção
exata, traz o vento
O sopro às minhas asas clandestinas.

Faço mais pensar, não sentir...
Mas pensando não se ama um sentimento
Crio a forma,
Dou a luz ao fogo.
Que exuberante aflige o pensamento.

Sou a censura do Estado reprimido.
Coração
pulsante ao som do tempo
Pássaro que é preso a contragosto.
Todas as formas de amor pensante,
Todas as vidas atiradas ao relento.

Miserável força, o pensamento
Que desgraça o amor sentido, parte ao meio
Duas vidas de um coração inteiro.
Quero sentir, somente,
Livre pra despensar.
Amar o sentimento.