sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Compreensão inquietante.

Bobo como deve ser. Lindo como se faz crer. Sem verbos, é um substantivo alado. Saberia melhor entender se o visse. Mas se fecho os olhos, o sinto.
Sobrevoar a realidade com a alma sublime do amor é contemplar sua real existência: a materialização do abstrato mundo sensível, que capta as melhores vibrações e as transforma em obra-prima, sendo dotada da mais pura aura que vigora através dos tempos... Pois dos poetas o Amor se vale, para que seja mantido o futuro desfrute das palavras que acalentam o inexplicável.
É complexo, é infinito, simplesmente é. Nas formas, a música altera o ritmo, a dança o passo, a pintura a tela. Do ardor dos frígidos ao furor dos pacíficos, não o saberíamos entender. Pois movem-se multidões, destroem-se reinos e plantam-se pedras no seu lugar.
O mais contundente conceito gerou horror. A mais harmoniosa expressão causou o Amor. A dose certa, na hora exata, levou à chuva o rio, ao afluente o lago, ao oceano o mar. Essa é a visão que daqui vejo: uma infinita obra-prima que brilha diante de meu pensamento.

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